Muitas pessoas não sabem o que o lúpulo agrega à cerveja ou, até mesmo, nunca ouviram falar da planta e seus benefícios. De nome científico Humulus lupulus, a planta trepadeira se desenvolve fácil e preferencialmente em climas frios e é cultivada principalmente na Europa e na América do Norte.
É uma planta dióica, ou seja, apresenta tanto sexo masculino quanto feminino. Porém, é nas flores da planta fêmea que são formadas as glândulas de lupulina, parte que contém as resinas e óleos que são utilizadas no preparo da bebida.
A lupulina é adicionada durante a fervura do mosto e atribui o amargor e aroma, além de contrabalancear o extremo dulçor do malte e ser um conservante natural.
No processo de fervura, ocorre a isomerização dos alfa-ácidos, tornando estes compostos solúveis no mosto, conferindo o amargor; quanto mais alfa-ácidos, o lúpulo tiver, mais amarga a cerveja ficará. Já em relação ao aroma, os principais responsáveis são os óleos essenciais extraídos da planta.
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O que muita gente não sabe é que o lúpulo pode ser inserido a seco na maturação, fermentação ou até mesmo no envase. Essa técnica é denominada dry hopping, que confere um aroma mais fresco e marcante na cerveja. Esta infusão demora, normalmente, de 3-4 dias.
Apesar do lúpulo trazer diversos aspectos positivos, ele pode ser responsável por causar alguns problemas prejudiciais à qualidade final da cerveja, chamados de off-flavors. Os dois mais comuns são o lightstruck, odores causados pela exposição à luz, e o aroma causado pelo lúpulo quando envelhecido, o isovalérico.
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Saber fazer o uso correto da planta é essencial para ter uma produção de qualidade, de uma bebida saborosa sem aromas indesejáveis.
Referências:
Instituto da Cerveja. "Afinal, o que o lúpulo faz realmente na cerveja?. Disponível em: <https://bit.ly/2Dk4kWg>
Lara, Carlos. O lúpulo e suas propriedades: aprenda como você pode explorá-las. Disponível em: <https://bit.ly/2IocONY>
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